segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A verdade aparente (troncos que parecem apenas pousados sobre a neve), por um processo de gestão alegórica, pode ser um corpo articulando-se em verdade espiritual.

Mas logo vem a verdade científica desdizer as evidências físicas e metafísicas dos sentidos (as raízes, que não se vêem, mas se sabe que existem sob a neve).

Acontece que, em termos de rigor de sentido, a verdade aparente era mais profunda do que a verdade científica: a nossa ligação a uma terra natal pode ser cortada (e aqui, as duas verdades unem-se numa só: o corte é possível mas não prescinde de esforço violento).