segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Em todo o caso, a experiência cinematográfica do Efeito Kuleshov (que abordámos num ensaio publicado no sítio "Orfeu de corpo inteiro") sugere que, perante qualquer montagem de elementos díspares, tendemos a criar um elo de sentido, mesmo que esse sentido seja informulável, permaneça inconsciente, ou seja adiado para futuro (na aceção de que só conheceremos a sua verdade num momento posterior à intuição de que uma verdade haveria).

E aliás, por que não há de o pensamento considerar o lugar de destaque da criação poética quando analisa o funcionamento da linguagem? O que queremos excluir da República acaba sempre por sobreviver como rebeldia.